A invenção de uma Bela Velhice...porque essa ainda é a melhor opção para todos nós.

Descansar a mente por meio da leitura é uma prática na minha vida, inclusive nos períodos de recesso.
Estava seguindo com o livro "Antes que o café estrie", mas fui literalmente atropelada pela @miriangoldenberg
O livro praticamente pulou da estante do escritório da casa dos meus pais para as minhas mãos...
Minha mãe ao me observar folheando o livro, perguntou o que eu estava querendo com o tema.
É fato que os pais nunca percebem que envelhecemos....acho que ficamos para sempre na categoria filhos...leia-se, sem idade.
Mas, a suposta crise da meia idade me fez pensar que bela velhice parece algo bom, ainda mais com novos projetos e felicidade.
Paralelo a esse sentimento, o que também desencadeou a leitura foi uma caixa. Uma caixa de fotos da minha mãe que ela estava organizando e catalogando. Fotos de diferentes períodos da vida da nossa família.
Vasculhar as memórias foi o evento de uma das tardes. Tinha de tudo. Possibilitou boas risadas, lembranças e a narração de várias histórias para os pequenos, mas principalmente deixou explícito: o tempo passou.
Não foi à toa que "a invenção da bela velhice" me saltou aos olhos.
O livro é de uma doutora de Antropologia Social, pesquisadora que há anos aborda o tema e é autora de mais de 30 livros, além de várias outras qualificações. Nesse livro, ela apresentou uma narrativa baseada na pesquisa qualitativa de pessoas de 50 a 100 anos, trazendo aspectos que contribuem para a construção de uma boa velhice, algo que, acredito eu, todos almejamos.
Mais do que questões físicas ou financeiras que são verdadeiramente importantes, ela quis saber de outros aspectos que contribuem com a felicidade de quem conquistou mais idade.
O livro fala de projetos, amizades, relacionamentos amorosos, familia, risos e diferentes perspectivas de homens e mulheres a partir dos 60 anos.
Gostei de saber que nós, mulheres, nos tornamos mais felizes a partir dessa idade, relatos que coincidem com a conhecida curva da felicidade.
Mas, o que também me chamou chamou atenção foi a importância de termos projetos de vida, projetos que nos dão a sensação de estarmos vivos e não sobrevivendo.
Reforçou a importância das amizades, principalmente para as mulheres, e claro, o riso, a sabedoria de rirmos de nós mesmos e das situações que nos rodeiam.
Vi meus pais em várias situações.
Fiquei feliz de constatar que estão no caminho que parece ser o de uma boa velhice.
Eu, pós leitura, percebi que preciso recalcular a rota em algumas áreas e seguir firme em outras.
Conclui que, de fato, o corpo não acompanha a mente, o que é ótimo em vários aspectos e nem tão bom em outros.
Fiz uma lista de pessoas de mais idade que tanto admiro e percebi como são belos, elegantes, realmente admiráveis.
E cheguei a conclusão de como deve ser bom ligar o "foda-se", como vários relataram e nos tornarmos a nossa melhor versão, a mais verdadeira e genuína.
Fácil? Não. Só que quero seguir em frente. Acompanhar meus filhos, quem saber conhecer meus netos e ainda viajar muito. Vou recalcular a rota.
Fica aqui a dica da leitura e quem sabe também a dica de vida proposta pela Miriam nessa pesquisa .
Beijinhos e até breve.
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